sábado, 12 de dezembro de 2009
Vamos colorir um excerto de "Caim" de José Saramago
Texto 1
"Set, o iluminado, o filho terceiro da família transparente, só virá ao mundo cento e trinta anos depois do vermelho, não porque a gravidez materna precisasse de tanto tempo de brilho para rematar a fabricação de um novo descendente moreno, mas porque sim.
Set nasceu depois de Caim o esbranquiçado. Este último adorava o irmão Abel, o dourado. Porém como Abel desdenhou dele, fazendo-o acreditar que Deus Negro gostava mais dele do que de Caim, o branquelas, e este decidiu matá-lo carbonizado.
Um dia, Caim pediu ao irmão que o acompanhasse, corado, a um vale escuro próximo, onde se acoitava uma raposa avermelhada e ali, com as suas próprias mãos opacas, o matou a golpes de uma queixada metálica de jumento alaranjado que havia escondido antes, num silvado esverdeado."
Nelpelsonpon e Rapafapaepelapa
Texto 2
"O branquelas Set, o filho terceiro da família colorida, só virá ao mundo cento e trinta anos depois, não porque a luminosa gravidez materna precisasse de tanto tempo nublado para rematar a fabricação de um novo descendente brilhante, mas porque sim.
Set nasceu depois de Caim dourado.
Este último adorava o irmão Abel prateado.
Porém como Abel, prateadíssimo desdenhou dele, fazendo-o acreditar que Deus transparente gostava mais dele do que de Caim. Este decidiu matá-lo corado.
Um dia Caim pediu ao irmão que o acompanhasse a um vale escuro próximo, onde se acoitava uma raposa amarela e ali, com as suas próprias mãos opacas, o matou a golpes vermelhos de uma queixada enferrujada de jumento que havia escondido antes num silvado esverdeado."
Rapaquelpel e Apanapa
Alma Minha ...
Restou-me uma folha em que sobreviveram algumas palavras.
Vou tentar reconstruir os versos manchados deste poema que restou e tenho nas mãos :
Tão cedo e tão jovem
Repousas no céu porque o mereceste
Estás viva na paz dos que morrem
Se lá no céu
Memória incandescente
Não te esqueces de mim
Que já ardente fui teu
E se perder na vida
Alguma vez me vires
Dá-me força, minha querida
Roga a Deus que me leve
Que tão cedo não te esquecerei
Peço-lhe o amor que me deve
E para sempre contigo ficarei
Já tenho quinze anos
Mãe deixa-me casar
Com o Hugo casamenteiro
Já sou uma mulher
Esqueçam a criança
Já sou gente grande
Vou casar em França.
Já não sou a Eva
Como era dantes
Serei Dona Eva
Nascida em Abrantes.
Não quero o padeiro
Que é muito curriqueiro
Tem bigodes muito feios
E dizem que é feiticeiro.
O sapateiro é muito velhinho
Não quero este velho
Mais vale 15 anos
Fechada num galinheiro
Ouve-me, Mãezinha,
É isto que eu quero
Casai-me hoje mesmo
Com Hugo Casamenteiro.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Um Cesto de Flores para Ti
TEXTO 1
Estou a carregar isto por amor, porque te amo mesmo, João Miguel. Tu vives em Viseu, estás tão longe, e eu carrego estes jarros para ti, para nunca me esquecer das tuas mãos. Mas como é que vou ter coragem para dizer que te amo ? Será que o direi, frente a frente ?
Vou seguir viagem e entretanto penso como o farei.
Espero que reajas bem, espero não estragar a nossa amizade.
Estou mortinha por estar contigo.
(JÁ EM VISEU.)
- Olá!
- Olá, como estás Mariana?
- Estou bem, apesar de estar cansada por carregar isto.
-Porque é que trazes esse cesto cheio de flores?
-Por amor.
-E quem é o ser amado?
-És tu.
-Por que razão nunca mo disseste?
-Porque temia estragar a nossa amizade...
-Mas não estragas, porque eu também te amo muito!
(BEIJARAM-SE E VIVERAM FELIZES PARA SEMPRE).
Alice*****, Mariana***** e Luana S. *****
Texto 2
UMA FLOR
Conheci-te no Natal à frente do Jardim Iluminado. Aquelas luzes fizeram mostrar todo o teu brilho, e logo me apaixonei por ti...
Papoila és o meu amor! Adorava casar contigo mas sei que vai ser difícil porque tu não gostas de mim...
Dou-te esta cesta de flores... São todas para ti, para pores em tua casa, numa jarra que te faça lembrar de mim.
Cada vez que olhares para ela, lembra-te que és linda como estes jarros, que também tu foste plantada num jardim iluminado pelo meu olhar naquele Natal.
Queres casar comigo? Diz-me que sim, minha flor...
Tomé*****, Moutinho***** e Quaresma*****
Texto 3
Flores
Este lindo cesto de flores, colhidas com muito amor e carinho para as pessoas mais especiais que existem no mundo, vou oferecê-lo à minha família e aos meus amigos... talvez, também, a outras pessoas que não conheço mas que sei que são meigas, que são lindas... Darei uma flor a cada pessoa por quem passar pois se Deus nos fez foi para sermos amigos uns dos outros, para sermos felizes como as flores. ..
Eva*****, Salomé*****, Lara*****, Catarina*****
Texto 4
O que eu faço por amor!
Por amor eu faço tudo o que esteja dentro e fora do meu alcance...
Oferecer-te flores, para além de ser em grande quantidade, é uma coisa mínima perante o que eu ainda poderei fazer para te ter. Quero que saibas que tu mereces coisas muito maiores.
Tu és a minha vida... eu nem me imagino a viver sem te ver, sem poder estar ao teu lado, sem te poder tocar. Amo-te muito. Amar-te-ei mesmo depois da morte.
Ruipui e e Apanapa Borporgespes
Texto 5
Vem buscar estas flores, meu amado,
Colhidas pela escrava do teu afecto
Que está ajoelhada perante o teu olhar
A rogar, chorosa, um pouco de Ti…
Jopoãopão e Carparlospos
Texto 5
Por amor eu sou capaz de tudo
Não me interessa o que disserem de mim
Por amor vou até ao fim de qualquer mundo
Porque eu só quero ser feliz
Por amor da minha alma
Tornar-me prisioneira de mim
Por amor sacrificarei esta breve vida
Por amor, meu intenso amor,
Morrerei e ressuscitarei num só dia
Para voltar a sentir o teu perfume
Como sinto cada jarro que carrego às costas
Tudo pelo infindável amor que percorre as minhas veias.
Sopofipiapa, Apanapa, Rapaquelpel
Texto 6
Sei que já não estás entre nós, por isso te levo estas flores, cristalizações do meu coração, cheias de um choro eterno. Estou muito triste e só me apetece partir porque não estás mais comigo. És a minha metade … E todos os dias um pouco de mim se esvai… só me apetece partir…para te encontrar de novo na minha vida.
Lupuíspís e Nupunopo
Texto 7
Por Amor…?
Por amor eu lutaria contra tudo e contra todos
Até mergulharia nos mares profundos….
Pois o Amor é uma palavra fácil de escrever
Mas difícil de conter…
Por amor eu faria tudo, para te ter,
Mas, enfim, não é isto que estou a fazer?
Apesar de não ter mais o que te dar,
Estas flores são o sinal de que te estou a amar…
Tipiapagopo e Lupuíspís
Texto 8
O que eu faço por amor… ninguém me perceberá, pois todo o meu esforço é ridículo perante a tua beleza.
Sou capaz de me matar, de me esforçar, só para te agradar, só para te ver sorrir e te amar cada dia que passa ... mais, mais e cada vez mais.
Todas as flores que apanhei com muito amor, dedicação e carinho serão todas para te ver um brilho nos olhos, nesses olhos que são os meu espelhos.
Um dia acordei e percebi finalmente o que é o amor,
A força de amar, como quem ama um amor eterno.
Amor… de amar um amor
De quem amo…
De querer ser amado.
Nelpelsonpon e Rapafapaepelapa
Texto 9
Por amor irei buscar todas as flores existentes nos vales mais longínquos da face da Terra. Se necessário, escorrerá suor em forma de gota de sangue só para poder alcançá-las.
De seguida, quebrarei todas as leis para demonstrar o quanto te amo.
Por ti, irei colher todas as estrelas do universo, congelarei o sol, pegarei fogo à lua ... e tudo isto, só para arrancar um sorriso da tua linda boca!
Bruprunopo e Dapanipielpel
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Sou um cão Abandonado
Um dia, abandonaram-me à beira da estrada... Eu fiquei muito triste... os meus antigos donos nunca tinham demonstrado nenhuma razão que me levasse a pensar que me iriam abandonar no meio da estrada, junto a um monte cheio de tojo.
O meu dono foi de férias e deixou-me numa lixeira perto do canil.
O dono do canil viu-me e foi lá caçar-me.
Recém-chegado ao canil, vi um cão simpático e perguntei-lhe:
-Como te chamas?
E ele respondeu:
-Chamo-me Mário, e tu?
-Chamo-me Pit.
E assim ganhei um cão amigo que me orientou naquele mundo sujo.
Passado algum tempo conheci o Miquei, o Topojijo, e o Tropinlhas, e o Caneiro. Neste canil, ganhei esta matilha de amigos com quem me acostumei a viver, menos triste um pouco.
Um dia conquistei a liberdade, fugindo com eles para um sítio muito longe, ao lado da terra da felicidade de todos os caninos. E assim vivi um cão feliz para sempre...
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
O meu ruído preferido
O estimulante ruído é sempre impertinente e inconveniente a caminho de casa, na estrada que tomo, depois da escola. Ao fim da tarde, lá vem aquele ruído debilitante, que até me faz arredar num salto, quase caindo no chão com um medo tremendo. Porém adoro aquele barulho ensurdecedor que arrepia os nervos como uma aranha a passear-se lenta à flor da pele, quando não me não posso mover. Que fascínio o raio do ruído me provoca... Qual ruído?!?
É, claro, o VRRRUM-VRRRUM de qualquer mota.
Apanapa e Rapaquelpel
Parece um demolidor arrastar de móveis quando se muda de casa.
Adoro de tal maneira aquele ruído como ver alguém a chorar, engasgado, pelo meu sentimento de culpa. É uma coisa terrível… é algo inacreditável… algo que ninguém pode imaginar de onde vem e porque existe, um verdadeiro e aterrorizador ruído. O rebentar da trovoada.
Rapaepelapa, Nelpelsonpon
O meu ruído preferido (texto 1)
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Oficina de Escrita Criativa- Um Projecto de duas Turmas
Conheci esta mulher ontem. É uma boa mãe. Não ligou à raça, foi um exemplo de uma grande pessoa, como ser humano.
Conversei com ela e esteve a contar-me a história do bebé. Disse que o tinha encontrado na rua e que ele estava a chorar com fome.
Enfim, como ela tinha tido um filho há pouco tempo que faleceu, ao ver aquele bebé abandonado deu-lhe pena e pegou nele, levou-o para casa e, assim, aquela criança mudou definitivamente a sua vida.
Lupuíspís, Nupunopo e Sopofipiapa