sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Sou um cão Abandonado

Texto 1
Um dia abandonaram-me

Um dia, abandonaram-me à beira da estrada... Eu fiquei muito triste... os meus antigos donos nunca tinham demonstrado nenhuma razão que me levasse a pensar que me iriam abandonar no meio da estrada, junto a um monte cheio de tojo.
Ah, já agora o meu nome é Cebolo. Hoje compreendo que os meus donos me deixaram porque o meu cheiro (a bicho morto) os incomodava.
Voltando à história de quando me deixaram. Logo a seguir tive de ir procurar abrigo mas eu cheirava mal e ninguém me queria! Eu passei noites e noites no tojo coberto de folhas molhadas. Eram noites frias até que um senhor chamado António Dião que andava a procurar cogumelos, só com três dedos, me levou para a sua casa. Uma grande mansão que tinha piscinas fantáticas. O seu carro era uma carroça 911 nitro onde eu passei a dormir.
Ele já tinha outro animal. Era uma cadela muito sedutora que se chamava Laica. Eu e essa cadela começaámos muito mal porque ela queria ter toda a atenção do António Dião. Ele era casado com Salomé Dião, uma bonita mulher de cor negra!Ainda bem que me abandonaram, assim eu conheci o António Dião, um grande dono.Digo isto porque ele não me ralha e deixa-me ladrar e correr como eu adoro. Já o fim da Laika foi pior…foi para o canil pois adoeceu de repente e teve que ser abatida.
Muito obrigado, António Dião, por me ajudares quando eu mais precisei. Au, au,au, au!!!


Duarte*****; Tomé*****; Moutinho*****
TEXTO 2
Sinto-me completamente abandonada!
Não acredito que os meus donos partiram e me deixaram aqui sozinha , perdida e abandonada. Eu pensava que eles me queriam , mas afinal nunca me quiseram. Eu sinto-me tão sozinha , tão triste, tão angustiada.
Já passou tanto tempo e eu sem roer nada… Estou um bocado fraca , sinto o meu pêlo e as orelhas murchas , frias como se estivesse morta… Ficarei aqui nesta estrada à espera que alguém me queira levar daqui para fora (………………………………….............................................................................................)
Passaram mais 2 dias , ainda ninguém reparou em mim. Será que eu sou assim tão feia por ter orelhas manchadas? Não sei porque é que ninguám me quer! A última coisa que eu quero é ir para um canil.Tenho medo de morrer ... Que bom que eram as festinhas que os meus donos me faziam nas costas... Não sei porque ningem me quer. os tapetes fofos do hall do nosso casarão. Vou fechar os olhos e esperar que ninguém me venha buscar. Au-au, até um dia!
Salomé*****
Texto 3
Eu sou Pit, um Cão Abandonado
O meu dono foi de férias e deixou-me numa lixeira perto do canil.
O dono do canil viu-me e foi lá caçar-me.
Recém-chegado ao canil, vi um cão simpático e perguntei-lhe:
-Como te chamas?
E ele respondeu:
-Chamo-me Mário, e tu?
-Chamo-me Pit.
E assim ganhei um cão amigo que me orientou naquele mundo sujo.
Passado algum tempo conheci o Miquei, o Topojijo, e o Tropinlhas, e o Caneiro. Neste canil, ganhei esta matilha de amigos com quem me acostumei a viver, menos triste um pouco.
Um dia conquistei a liberdade, fugindo com eles para um sítio muito longe, ao lado da terra da felicidade de todos os caninos. E assim vivi um cão feliz para sempre...

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O meu ruído preferido

É como uma motosserra que está mesmo ao lado do meu ouvido, irritante, assustadora.
O estimulante ruído é sempre impertinente e inconveniente a caminho de casa, na estrada que tomo, depois da escola. Ao fim da tarde, lá vem aquele ruído debilitante, que até me faz arredar num salto, quase caindo no chão com um medo tremendo. Porém adoro aquele barulho ensurdecedor que arrepia os nervos como uma aranha a passear-se lenta à flor da pele, quando não me não posso mover. Que fascínio o raio do ruído me provoca... Qual ruído?!?

É, claro, o VRRRUM-VRRRUM de qualquer mota.

Apanapa e Rapaquelpel

Penetra a rua, quando quase sempre chove intensamente.
Parece um demolidor arrastar de móveis quando se muda de casa.
Adoro de tal maneira aquele ruído como ver alguém a chorar, engasgado, pelo meu sentimento de culpa. É uma coisa terrível… é algo inacreditável… algo que ninguém pode imaginar de onde vem e porque existe, um verdadeiro e aterrorizador ruído. O rebentar da trovoada.


Rapaepelapa, Nelpelsonpon






O meu ruído preferido (texto 1)


A passada segunda-feira foi um dia horrível. Aqui perto da igreja houve uma confusão tremenda com o buzinar irritante dos carros que por cá passavam. Parecia um autêntico uivar de cães numa noite escura. Mas havia lá um ruído que… meu Deus! Que buzinar tão agudo! Era um ruído como o toque intenso de um sino... nem sei explicar este badalar…era tão confuso… Mas, afinal, até gosto do buzinar dos carros. Parece-me ser alegre, imenso, divertido. Como eu gosto deste ruído.


Apanapa Rapaquelpel e Ruipui Aparanpandapa

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Oficina de Escrita Criativa- Um Projecto de duas Turmas

Este é o blogue que exibirá os textos criados na oficina de escrita criativa dos alunos do 7º e do 10º anos da turma F e TIG da Escola EB 2,3 e Secundária D. Sancho II. Quanto ao 7º ano trata-se de um projecto interdisciplinar que está a ser posto em prática semanalmente na Área Curricular não disciplinar designada por Área de projecto, coordenado pela directora de turma e professora de Língua Portuguesa Patrícia Fontinha. No 10º ano, é um projecto que se restringe ao domínio da disciplina de Português, aproveitando por isso o desenvolvimento das competências da disciplina. Os alunos aprendem a ser criativos na escrita a partir de alguns modelos e indicações que lhes são fornecidos, trabalhando sempre em grupo e com o auxílio das NTIC. Em cada sessão se realiza uma actividade de escrita lúdica partindo de um plano, procedendo-se à revisão textual e à apresentação oral dos textos de todos os grupos. Com os alunos "5 estrelas pequeninas" são tratados temas lançados pelos professores de todas as disciplinas do currículo, permitindo que este projecto seja do interesse de todos e desenvolva em todos o gosto pela escrita/leitura bem como o espírito crítico. Cada aluno da turma do 7ºF criou o seu nome de "escrevente profissional", partindo, deste modo, para um projecto que se pretende criativo, imaginando-se outro, entusiasmados e enfeitiçados pelo poder transformativo das palavras.
Com os alunos maiores, os "5 Estrelas Grandes", encaramos a escrita com o mesmo fascínio, assinando os trabalhos com os seus nomes na língua dos Pês.


Passaremos a publicar alguns dos textos dos alunos de que mais gostamos dos "5 estrelas pequeninas" brevemente. Por hoje, ficam apenas os seus novos nomes , aqueles com que assinarão os textos a que deram vida e...que com que se encantam:



Tomé*****, Duarte*****, Simão*****, Moutinho*****, Cardozo*****, Nani*****, Quaresma*****, Siúl***** ... os rapazes 5 estrelas pequeninas e ainda...



Eva*****, Salomé*****, Vera*****, Alice*****, Mariana*****, , Luana***** , Catarina*****, Mara*****, Lara*****, Cris***** e Luana M.*****... todas elas raparigas igualmente 5 estrelas pequeninas.



Quanto aos escreventes profissionais do 10º ano aqui ficam os seus nomes na língua dos Pês:


Apanapa Cláuplaudipiapa; Rapaquelpel; Sopofipiapa; Rapafapaepelapa; Apanapa; Bruprunopo; Carparlospos; Dapanipielpel; Hupugopo; Jõaopão; Lupuíspís; Lupuíspís mipiguelpel; Nelpelsonpon; Nupunopo; Tipiapagopo; Ruipui e Ipivopo... todos chegados deste país há muito pouco tempo...



Deixamos apenas um texto para celebrar ainda hoje o nascimento deste blogue (um texto que tem que ligar-se à imagem apresentada e que tem que conter exactamente 100 palavras):


Uma Imagem 100 palavras


Como é belo ver que as pessoas de raças diferentes se podem amar como podemos ver nesta imagem!
Conheci esta mulher ontem. É uma boa mãe. Não ligou à raça, foi um exemplo de uma grande pessoa, como ser humano.
Conversei com ela e esteve a contar-me a história do bebé. Disse que o tinha encontrado na rua e que ele estava a chorar com fome.
Enfim, como ela tinha tido um filho há pouco tempo que faleceu, ao ver aquele bebé abandonado deu-lhe pena e pegou nele, levou-o para casa e, assim, aquela criança mudou definitivamente a sua vida.

Lupuíspís, Nupunopo e Sopofipiapa