segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O meu ruído preferido

É como uma motosserra que está mesmo ao lado do meu ouvido, irritante, assustadora.
O estimulante ruído é sempre impertinente e inconveniente a caminho de casa, na estrada que tomo, depois da escola. Ao fim da tarde, lá vem aquele ruído debilitante, que até me faz arredar num salto, quase caindo no chão com um medo tremendo. Porém adoro aquele barulho ensurdecedor que arrepia os nervos como uma aranha a passear-se lenta à flor da pele, quando não me não posso mover. Que fascínio o raio do ruído me provoca... Qual ruído?!?

É, claro, o VRRRUM-VRRRUM de qualquer mota.

Apanapa e Rapaquelpel

Penetra a rua, quando quase sempre chove intensamente.
Parece um demolidor arrastar de móveis quando se muda de casa.
Adoro de tal maneira aquele ruído como ver alguém a chorar, engasgado, pelo meu sentimento de culpa. É uma coisa terrível… é algo inacreditável… algo que ninguém pode imaginar de onde vem e porque existe, um verdadeiro e aterrorizador ruído. O rebentar da trovoada.


Rapaepelapa, Nelpelsonpon






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