sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Técnica do arco-Íris no conto "A Fuga de Wang-Fô"



ARCO-ÍRIS


O velho negro pintor Wang-Fô e o seu discípulo sempre corado, Ling, andavam pelas estradas escuras do reino dos avermelhados Han. O reino também azulado dos Han: era o nome por que naquele tempo enevoado era conhecida a grande China luminosa. Ninguém pintava melhor que o negro Wang-Fô as montanhas esverdeadas a sair do nevoeiro acinzentado, os lagos com um tom de azul, sobrevoados pelas libelinhas verdes. E as enormes vagas do pacifico vistas a partir da costa azul. Dizia-se que as suas imagens santas amareladas da luz atendiam imediatamente qualquer prece colorida; sempre que ela pintava um cavalo branco, tinha que o mostrar preso, esbranquiçado, a uma estaca encarnada ou seguro pelas rédeas castanhas pois se assim não fosse o cavalo branco escapava do quadro escuro, a galope transparente, e nunca mais ninguém lhe punha a vista luminosa em cima. Os ladrões camuflados não se atreviam a entrar em casa amarela de quem possuísse um castanho cão-de- guarda pintado pelo negro Wang-Fô.

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